sábado, 1 de junho de 2013

Resenha: A Culpa é das Estrelas - John Green

Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Avaliação: ☻☻☻☻☻ (5/5)     288 Páginas      Intrínseca 


Esse foi o ultimo livro que li ano passado, antes de viajar para Nova Iorque, por isso não pude fazer uma resenha aqui, não tive tempo. Li ele antes de virar modinha, antes de todos "amarem" e serem "encantadas' por ele sem ao menos ter lido, e quero deixar isso bem claro aqui, eu sou uma das leitoras que enteu e amou de verdade essa estoria.

Bem, eu li esse livro no inicio de Dezembro do ano passado quando eu estava olhando um site de livros e vi essa capa, eu sabia que já tinha visto ela antes, e que esse seria um livro importante pra mim... e foi. Ps.: A primeira vez que eu li esse livro eu estava indo para Nova York no dia seguinte, então nem tive muito tempo de ficar pensando sobre ele, já quando reli ele não saiu da minha cabeça por um tempão.


Contei ao Augustus a versão resumida do meu milagre: diagnosticada com câncer de tireoide em estágio IV aos treze anos.Não contei que o diagnóstico veio três meses depois da minha primeira menstruação. Tipo: Parabéns! Você já é uma mulher. Agora morra!
- Hazel Grace.


No inicio do livro somos apresentados a Hazel, uma garota que tem câncer na Tireoide - o qual já tomou seus pulmões - e só ainda está viva graças a um remédio que fez o câncer parar de evoluir. Ela sabe que seu câncer não tem jeito e que ele vai mata-la, por isso ela estava num estado de "depressão que não é depressão", até que um dia - com muito desanimo - ela vai a uma reunião do grupo de crianças com câncer, do qual ela faz parte,  lá ela vê Guss pela primeira vez, e é a partir dai que tudo começa.


Augusto Waters -
 Dezessete anos, alto, magro. É bonito e sabe muito bem disso. Gosta de música, livros e games. Grande adepto das ressonâncias metafóricas e da direção segura, na medida do possível. Seu osteossarcoma está em remissão há mais de um ano. E ele não tem medo de ir atrás da felicidade.   

Hazel Grace -
 
Dezesseis anos. Olhos verdes e pele clara.Leitora voraz, tem uma sensibilidade bastante própria, ideias afiadas e câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Gosta de All Stars Chuck Taylors, tem um livro de cabeceira e sabe o que Magritte quis dizer com “Isso não é um cachimbo”. Está bem, viva o Falanxifor!

- John Green


Guss - barra Augusto - foi acompanhar seu amigo em mais uma das reuniões do grupo. Ele já teve Câncer nos ossos, mas está completamente curado. Guss tem a maior pinta de Bad Boy, com seu sorriso de cafajeste e pose, mas na verdade ele é um cara de bom coração, inteligente, amoroso, e cheio de metáforas.


"É uma metáfora, eles não matam se você não acender. Tipo: você coloca a coisa que mata entre os dentes, mas não dá a ela o poder de completar o serviço"
- Augusto se explicando sobre o que um cigarro está fazendo em sua boca.


 Hanzel é uma garota, que pelo o que se dá a entender era muito feliz e bonita antes de descobrir o Câncer, e que depois acabou se acabando um pouco e parou de se importar com a beleza, e começou a pensar naqueles que ama e como poderia fazer o máximo para que quando ela morresse eles sofressem o minimo.


"Sou tipo uma granada, mãe. Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas"

- Hazel


O que importa no livro não é o que acontece, mas como acontece. O mais bonito com certeza são as frases, mas também tem o fato de John ter conseguido pegar um assunto tão triste e tabu,  e transforma-lo em algo que você possa falar, rir, encarar, conviver, chorar, sem tirar a importância nem por um instante. Esse não é meu tipo de leitura, mas fui fisgada por tudo isso.


- OK.
- OK.


John Green com certeza se tornou um dos meus escritores favoritos, já que além de ter todas essa capacidade unica para falar sobre esses assuntos dessa maneira em um livro, ele também é completamente pirado! Depois que terminei de ler A Culpa é das Estrelas vi um video dele, e terminei de me apaixonar por esse louco - haha. Recentemente li outro livro dele, O Teorema de Katherine, não é nenhum pouco como esse, mas na resenha futura dele falo mais, ele tem muita matemática no meio e o principal é um nerd.... e com isso pude descobrir que além de genial, ótimo escritor, formador de frases lindas, e louco, ele também sabe diversificar muito bem.


Alguns infinitos são maiores que outros.

O final eu já previ lá no meio - junto com mais duas possibilidades - mas como eu já disse o que importa não é o que acontece, e sim como acontece. E a forma de como ele acontece é linda.

E pra quem não entender porque o livro tem esse nome, em Julio César, de Shakespeare, é dito " A culpa, meu caro Brutos, não é das estrelas" para expressar que eles podem fazer algo para mudar a situação, que está na mão deles; já em A Culpa é das Estrelas, John quer dizer que nada que eles façam vai mudar a realidade, que não está nas mãos deles, que está na mão do destino, que a culpa é sim das estrelas.
Indico para qualquer pessoa que estiver disposta a rir e a chorar, e que tiver ao menos uma pitadinha de alma poética.


O livro vai virar filme, estrelado pela atriz Shailene Woodley, a Amy de A Vida Secreta de uma Adolescente Ameicana, e agora Mary Jane de O Espetacular Homem - Aranha 2 e estrela de Divergente.

Frase:


Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.