terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resenha: Deslembrança - Cat Patrick

Não tenho passado. Minhas lembranças estão no futuro. 
Toda noite, quando London Lane recosta a cabeça no travesseiro e dorme, cada mínimo detalhe do dia que viveu desaparece de sua memória. Pela manhã, restam-lhe apenas lembranças do futuro: pessoas e acontecimentos que ainda estão por vir. Para conseguir manter uma rotina minimamente normal, London escreve bilhetes para si própria e recorre à sempre fiel melhor amiga. Já acostumada a tudo isso, ela tenta encarar a perda de memória mais como uma fatalidade que como uma limitação. Mas, quando imagens perturbadoras começam a surgir em suas lembranças e London precisa, de algum modo, escapar delas, fica claro que para entender o presente e o futuro ela terá que decifrar o que ficou esquecido no passado.

O que seria de você sem suas lembranças? Ou melhor: Quem seria você sem suas memorias?
Essa foi uma pergunta que ficou na minha cabeça durante a maior parte da leitura do livro e, agora, depois de terminar.

London Lane é uma garota de 16 anos que tem uma memoria um pouco diferente. Toda madrugada às 4:33  as lembranças que ela tem do dia vão embora, e, como se já não bastasse isso, ela vê o que vai acontecer no futuro e só essas visões ficam na memoria dela. Um dia, após uma simulação de incêndio no colégio, ela encontra Luke Henry, e começa a se interessar por ele. Mas ao mesmo tempo que surge o Luke, também surge uma "lembrança" perturbadora que ela não sabe dizer nem de que época é.

"Nada fixa algo na memoria com tanta força quanto o desejo de esquecê-la"
- Michel de Montaigne

Primeiro tenho que dizer que esse livro foi como uma brisa pra mim, rápido, leve, lindo, mas fraco.

A leitura passou tão rápido que eu olhava tava em 30%, depois olhava de novo pensando que tinha ido no máximo mais 5, mas eu já tava em 50% e não fazia nem 10 minutos que tava em 30. E foi leve porque eu não notei, e também me dava uma sensação de leveza, de calma.

E um dos grandes responsáveis foi o casal principal, London e Luke, que são lindos juntos e deixam o livro lindo. Não tem como não amar esse dois, são perfeitos! São aquele tipo de casal que você fica dizendo "awn" pra tudo o que eles fazem. Não tem como não se apaixonar, e apesar das dificuldades, não querer viver uma historia assim.

Porém, cada vez que a London acordava parecia que era de novo o inicio do livro, claro, eu já conhecia os personagens e tudo, mas tinha ar de inicio de livro. Os personagens também ao longo da trama parece que não mudaram em nada, não evoluíram, continuam iguais ao inicio. E também o "final" foi meio decepcionante - comento mais sobre ele depois. Esses três fatores, alinhados ao fato de o mistério não ser tão envolvente assim, me levaram a achar o livro fraco.

Quando eu li a sinopse dele, pensei que fosse meio Como se Fosse a Primeira Vez, o filme com a Drew Barymore, e lendo descobri que não é tão parecido, apesar de ter suas semelhanças por o tema ser tão igual.

Mas apesar disso a escrita dele é boa, rápida e leve - como eu já mencionei. Mas linda mesmo, perfeita é a capa. Nessa foto dela de livraria virtual, de frente - e na realidade não é nem foto da capa, é só a capa - ela parece bonitinha, normalzinha, e sem graça, mas só de mudar o angulo ou tirar a foto do livro dá pra ver que ela é linda, dá uma olhada.


O final - agora sim é a hora de falar dele - me decepcionou, porque eu tava lendo o livro bem normal, esperando o final chegar, viro a página e me deparo com "agradecimentos". Parece que a Cat simplesmente cansou de de escrever e pensou "ah, ela vai dizer isso, isso e isso, e pronto eu termino o livro". O que?! Eu esperava um final, não um livro não terminado. O final é muito vago e nos deixa com perguntas que ela mesmo plantou na gente como "então isso vai dar certo?". Ela não dá uma confirmação, deixa no vai ou não vai.

Não sei pra quem indicar esse livro, talvez pra alguém que queria um romance fofo do tipo de Como se Fosse a Primeira Vez.

Frase:

"É engraçado como uma possibilidade pode levantar o astral de uma pessoa. É engraçado como a realidade pode jogá-lo para baixo."

“Lágrimas e mais lágrimas caem nas páginas pautadas em minha mãos enquanto descubro um pesadelo que se tornou realidade. Enxugo-as rapidamente para que não desbotem a tinta. Porque, apesar do aperto no peito que me faz odiar os passarinhos cantando e tudo o mais, sei que precisava ler isto hoje, e que vou precisar ler de novo amanhã. Para mim, ler é lembrar.”

Avaliação:
☺☺☺ (3/5)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Resenha: Química Perfeita - Simone Elkeles

Os garotos do instituto Fairfiel, do subúrbio de Chicago, sabem que o lado Sul da cidade e o lado Norte não se misturam. Assim, quando a líder de torcida Brittany Ellis e o marginal Alex Fuentes são obrigados a trabalhar juntos como parceiros de laboratório na aula de química, os resultados prometem ser explosivos. Mas nenhum deles estava pronto para a reação química mais surpreendente de todas: O amor. Poderão romper os preconceitos e estereótipos que os separam?
Esse livro foi uma surpresa pra mim, eu realmente pensava que ele seria chato, mas acabou se mostrando bem divertido e também Três Metro Acima do Céu.

Brittany Ellis é a "miss perfeição", tira só "A", é a chefe das lideres de torcida, bonita, loira, rica, faz parte do Norte da cidade, educada, com uma família perfeita... pelo menos ao que parece. Alex Fuentes é um imigrante Mexicano que faz parte de uma gangue, é durão, faz parte do Sul da ciadade e rolam boatos de que volta e meia para na cadeia e usa drogas, além de assustar todos só com o olhar... mas como eu falei são boatos. Esses dois acabam sendo colocados como parceiros de Química, para ficarem assim durante todo o ano letivo. O problema é que eles se odeiam e, mais importante, o Norte e o Sul da cidade não se misturam, mas se tem algo que não se pode negar é que existe uma química perfeita entre eles.

Esse livro é meio obvio e clichê, a garota perfeita, que no fundo não tem uma vida tão perfeita assim, se apaixona pelo bad boy totalmente errado que acaba fazendo ela virar quem ela é de verdade e ele se tornar uma pessoa normal.

Como se tudo isso já não bastasse, o livro me lembrou bastante o filme - que também é livro, mas como não li não posso falar - chamado Três Metros Acima do Céu ou Paixão sem Limites (no Brasil). Não só pelo enredo clichê, mas também por outros detalhes. Felizmente o final não é o mesmo. - ops... Spoiler!

A Simone conseguiu fazer um bom trabalho prendendo o leitor ao livro, já no inicio. Para vocês terem uma ideia eu 47% do livro de madrugada, começando a 1:30h da manhã e parando, quando o cansaço me venceu, as 5:00h. Por mais que eu estivesse com sono e cansada, eu não conseguia largar e o tempo passava sem eu ver.

Mas - desculpem o spoiler, ele é leve - depois do beijo, o livro se mostra um pouco "fraco" pois eu acabei perdendo um pouco do interesse. Felizmente ele voltou depois, me volvendo talvez até um pouco mais e voltei a rir de algumas situações que também me fizeram gargalhar em plena madrugada.

A capa eu achei meio desinteressante, e até mesmo "feia". Na realidade, minha impressão de o livro ser chato veio da capa - sim, eu sei: Já mais julgue um livro pela capa. Mas fazer o que se a capa é desinteressante acaba não chamando uma atenção positiva para o livro.

O final foi muito fofo tanto o "primeiro" quando o "segundo". Foi muito "Uau!" e "Vou chorar aqui de emoção". Sim, sou meio exagerada, mas fazer o que? Sou assim haha.

Recomendo para quem gostou de Três Metros Acima do Céu e se decepcionou com o final - que eu ainda não engoli! Principalmente o do segundo, porque um outro filme se eles não ficam juntos?!

Frase:

“Me esforcei muito para manter as aparências, para ser “perfeita” em todos os sentidos. Se soubessem da real, minha imagem iria por água abaixo.”

Avaliação: 
☺☺☺ (3/5)

sábado, 5 de outubro de 2013

Resenha: O Chamado do Anjo - Guillaume Musso

Nova York, Aeroporto JFK. Na sala de embarque lotada, um homem e uma mulher se esbarram, espalhando suas coisas pelo chão. Após uma discussão banal, cada um segue seu caminho. Madeline e Jonathan nunca haviam se visto e jamais deveriam voltar a se encontrar. Porém, ao recolher seus pertences, trocaram por descuido os celulares. Quando percebem o engano, já estão a dez mil quilômetros um do outro — ela é florista em Paris, ele tem um restaurante em San Francisco. Não demora muito para ambos cederem à curiosidade, explorando o conteúdo dos respectivos aparelhos. Uma dupla indiscrição, que leva a uma revelação inesperada: suas vidas estão ligadas por um segredo que eles julgavam enterrado para sempre... O chamado do anjo é uma trama magistralmente construída, que passeia entre o romance e o suspense, com um final de tirar o fôlego

O que você acha que esse livro é? Romance? Ha! Que romance que nada, é Thriller!

Quando Madeline e Jonathan estão no aeroporto JFK, indo para destinos completamente diferentes, acabam se esbarrando e toda as suas coisas caem. Por engano Madeline acaba ficando com o celular de Jonathan e e Jonathan com o dela, mas como os aparelhos são idênticos eles notam a troca somente quando já chegaram a seus destinos, e como são curiosos igual a qualquer ser humano vão fuçar um no celular do outro e assim acabam descobrindo um segredo que os conecta e que nos leva a um Thriller incrível!

O livro é divido em 3 partes, a primeira foi a que eu achei que demorou um seculo e não consegui me envolver, pra mim aquela leitura não passava, mas felizmente a segunda me cativou e a terceira continuou com isso.

A primeira parte é basicamente só o inicio de um livro de romance, e eu achei que o livro seria chato e seria uma tortura lê-lo. A leitura se estendia e era meio pesada. Na segunda parte é que eu comecei a me envolver e também é nela que começou o Thriller e na terceira foi um misto dos dois.

Guillaume Musso acabou me deixando com a pergunta "era para esse livro ser um romance ou um Thriller?" e eu realmente espero que a resposta seja Thriller, porque o romance é completamente fraco, "sem química" e não permite o leitor se envolver. Já o Thriller é envolvente desde o inicio, nos cativa, nos faz entrar na estoria e passa rápido - a ponto de eu ler a ultima metade do livro em 2h. Parece que descobrimos a que a vocação de Guillaume é para o Thriller, e não para o romance - nesse livro.

Uma coisa que me agradou foi que no inicio de cada capitulo tinha uma frase de outro escritor, geralmente isso me irrita e eu não gosto, mas dessa vez achei legal e acabei marcando algumas no meu Kindle.

A historia é sim um pouco surpreendente, a ponto de me me deixar meio zonza em alguns momentos, como diz a própria Madeline. Em alguns momentos me desesperei, em outros disse "eu sabia, eu sabia, eu sabia!" - citando comentário exato do meu Update do Goodreads - e até cheguei a ficar irritada com o Serviço Secreto Americano! E o mais importante - não riam - o livro favorito da garota é O Morro dos Ventos Uivantes, meu livro favorito até A Culpa é das Estrelas desbancar ele ano passado. Não preciso nem dizer que foi simpatia a primeira vista, né? rs.

Na capa diz que o final é de tirar o folego, e é mesmo, mas só pela ação, não por ser inesperado.

E falando em capa, apesar de ser legal, eu acabei não me dando bem com a desse livro. Achei ela meio manga e só de olhar para ela eu sinto uma pontada de dor de cabeça - não faz sentido mesmo, nem tente entender.

Livro recomendado para quem goste de Thriller policial e tem paciência para chegar até ele.

Frase:

Paixão é como droga: no começo, você acha que controla, depois, um dia, é obrigado a admitir que é ela quem controla você...

Todo homem tem no coração um vazio, uma ferida, um sentimento de abandono e solidão.

Avaliação: 
☺☺☺ (3/5)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Resenha: Feita de Fumaça e Osso - Laini Taylor

Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.
Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo.
E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.
O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho.

Eu li esse livro pela primeira vez em Dezembro do ano passado, e me encantei. No final só conseguia querer o próximo livro. E agora relendo ele não foi muito diferente, mesmo sabendo tudo o que iria acontecer não consegui largar e fiquei com o gostinho de quero mais, mas não pelo segundo que li a alguns dias, mas sim pelo terceiro.

Era uma vez,
um anjo e um demônio que se apaixonaram.
A história não acabou nada bem.

Karou é uma garota de cabelo azul que realiza tarefas nada comuns para Brimstone, uma quimera que a criou, não que isso a incomode, afinal são sua família. A unica coisa que a perturba são as suas duvidas não serem respondidas, a a principal delas é como ela foi ficar, ainda bebê, aos cuidados de Brimstone?

No inicio desse livro, quando fui ler pela primeira vez, não quis ler, achei que ia ser meio chato e não me lembrava o motivo por ter ele, então acabei tendo que me forçar, mas isso foi só na primeira pagina porque logo em seguida já fui inserida no ritmo do livro, em sua leitura lenta e prazerosa como um rio que em sua nascente é lento, mas vai pegando a correnteza pelo caminho e logo se torna forte e rápido. Ele demora um pouco a começar acontecer o que será importante pro desenvolvimento, para o final, mas quando você vai se perguntar "e dai?" ou "qual o objetivo?" começa e você esquece isso. E esse inicio já serve para te encantar e fazer você ter as mesmas perguntas que a protagonista.

Mesmo sabendo tudo o que iria acontecer na releitura do livro, eu ainda não queria largar quando pegava o livro, a leitura fluiu mais depressa e como eu queria que ele durasse mais tempo acabei tendo que racionar as páginas e me controlar, até eu estar pronta para dar um "até o próximo livro" para o Akiva.


A Laini foi incrível na hora de escrever esse livro, e todo o universo criado por ela é fantástico, e apesar de não gostar de leituras ou filmes desse tipo eu acabei me apaixonando. Mas como nem tudo são flores, acabei notando que ela coloca pensamentos no meio descrição de um momento em que você está completamente envolvida pelo sentimento os personagens e, graças a esse pensamento colocado no meio, você acaba perdendo um pouco da "emoção" ou do embalo.

A Karou não é nenhuma evolução de personagem, mas vale a pena ser destacada por não ser tão certa, não ser tão politicamente correta, ela é uma "pessoa" boa que não se importa em fazer com que a sobrancelha da garota que dá em cima do namorado dela fique enorme, ou seja, tem seus momentos de deslizes como todo ser humano. Ela também não é nenhuma donzela indefesa, ela sabe muito bem se virar sozinha, e também não tem essa de donzela com ela. O Akiva é um clássico mocinho, fofo, lindo, apaixonado e apaixonante, mas como eu já disse nem tudo são flores.

O cenário do livro é o mundo incrível criado pela escritora, em parte, e Praga na Republica Tcheca. Eu nunca tinha pensado muito em Praga, pra mim ela era só mais uma cidade no mapa, mas a forma que a escritora descreveu - talvez por isso o livro seja um pouco lento no inicio - fez com que eu me sentisse lá e pensasse como seria bom visitar e até morar lá, andar por aquelas ruas, becos, ver o por-do-sol, comer a comida deles, andar com um café na mão pelas ruas. A Laini acabou adicionando Praga aos locais que um dia eu quero ir.

A capa é muito bonita, sou apaixonada por ela, e realmente fiquei feliz pela Intrínseca manter essa capa ao invés de pegar alguma outra de outro país ou fazer outra ela mesma.

O final pode ser descoberto por uns antes, e para outros pode ser uma total surpresa. Na minha cabeça começava a se formular teorias que beiravam o final, mas sem saber exatamente os outros "segredos" do livro era meio difícil de descobrir.

Trechos:
"A esperança pode ser uma força poderosa. Talvez não haja magia real nele, mas, quando você sabe o que mais deseja e mantém isso aceso como uma chama dentro de si, pode fazer as coisas acontecerem, quase como mágica."

"- E você? Seus pais se amavam?

- Não - disse ele, e não deu explicação nenhuma - Mas espero que os pais dos meus filhos se amem." 

"Ela entendia agora porque a dor era o dizimo da magia: ela era maior do que a alegria. Do que qualquer cosia." 

Avaliação: 
☺☺☺☺☺(5/5).

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Top 5: Livros que eu abandonei antes da metade

Todos sabem que eu sou uma pessoa que lê muito livros, e mesmo que não goste, odeie e no final dê nota "1" pra ele, vai até o final, as vezes até pulando algumas paginas. Para mim abandonar um livro é muito raro, tanto que só existem 7 livros que eu já abandonei e resolvi fazer um TOP 5 com alguns deles.

1 - A Cabana - William P. Young
Esse livro eu comecei lendo normalmente, mas foi ficando chato, e comecei a me desconcentrar, pensar no passarinho cantando lá na rua, ficar olhando para a parede, ver que ia ter que reler o paragrafo, reler e acontecer a mesma coisa. E assim foi, até eu resolver desistir dele antes da metade.

2 - Morte Súbita - J.K. Rowling

Assim que eu descobri que seria lançado já me animei para ler, afinal é JK Rowling. Quando li a resenha já não achei muito interessante, mas era a J.K. é claro que eu iria ler e adorar, só que não. Quando comecei a ler o livro parecia que as paginas não passavam, não se mexiam. Eu não conseguia entrar na historia, nem no inicio dela, que é algo que em todos os livros é chato. Tentei uma vez, não consegui, abandonei o livro, tentei um segunda e nada, abandonei de novo, mas pelo menos algumas paginas pra frente, na 21 não na 10.

3 - Destino - Ally Condie

Depois de tanto ouvir falar e de tanto me interessar, eu finalmente consegui o livro. Comecei a leitura animada, mas logo já estava com dor de cabeça, e acabei achando a historia tão clichê de distopia que começou a perder a graça, sem comentar a mocinha completamente enjoada e com o nome da minha professora de Português. Pulei algumas paginas para ver se algo acontecia, mas nada, fui pulando e pulando e vendo que era chato e acabei abandonando o livro.

4 - Melancia - Marian Keys

Muitas pessoas gostam desse livro e sempre falam muito bem, citam como um ótimo chick-lit. E assim eu fui ler, esperando um chick-lit que me tirasse algumas risadas, e talvez até me arrancasse, mas não consegui chegar lá. A escritora fala muita coisa desnecessária e viaja muito, em 100 paginas a mulher só tinha saído da maternidade e ido para a casa dos país. Isso porque nas estoria a mulher fala algo e começa a se lembrar de sei lá o que e conta pra gente toda uma historia de sei lá o que, e isso atrapalha o livro e acaba deixando chato.

5 - Asas - Aprilynne Pike

Esse livro eu nem me lembro dele, comecei a ler um dia, não sei por qual motivo, e deixei ele no computador, salvo, e nem me lembrei mais que existia. Depois de um tempo vi ele lá e resolvi continuar a ler, não consegui, achei a estoria muito fraquinha e sem emoção, então desisti depois de 50 paginas.

Os outros livro que eu abandonei foram Eu Sou o Número Quatro e Formaturas Infernais.

Ps: Eu estou relendo Feita de Fumaça e Osso, como eu falei que estava pensando em fazer na ultimas resenha, e pretendo postar uma resenha do livro aqui no Blog para tentar corrigir o meu erro de postar a resenha do 2 livro da serie, antes de postar o primeiro - esse. Em minha defesa eu digo que pensava que tinha a resenha dele no Blog.

sábado, 28 de setembro de 2013

Resenha: Dias de Sangue e Estrelas - Laini Taylor

Atenção: Pode conter spoileirs do enredo de Feita de Fumaça e Osso

Karou, uma estudante de artes plásticas e aprendiz de um monstro, por fim encontrou as respostas que sempre buscou. Agora ela sabe quem é — e o que é. Mas, com isso, também descobriu algo que, se fosse possível, ela faria de tudo para mudar: tempos atrás Karou se apaixonou pelo inimigo, que a traiu, e por sua culpa o mundo inteiro foi punido. 

 Na deslumbrante sequência de Feita de fumaça e osso, ela terá que decidir até onde está disposta a ir para vingar seu povo. Dias de sangue e estrelas mostra Karou e Akiva em lados opostos de uma guerra ancestral. Enquanto os quimeras, com a ajuda da garota de cabelo azul, criam um exército de monstros em uma terra distante e desértica, Akiva trava outro tipo de batalha: uma batalha por redenção... por esperança. 

 Mas restará alguma esperança no mundo destruído pelos dois?
Eu estava completamente louca para ler esse livro desde que terminei Feita de Fumaça e Osso ano passado, e continuo com essa loucura, só que agora para ler o terceiro - sim, pra minha felicidade é uma trilogia - chamado Dreams of Gods e Monsters (sonhos de deuses e monstros, em tradução livre).

Eu estou surtada por esse livro, apaixonada pela serie desde o primeiro, e quando eu estou assim eu fico meio cega para o livro, então me perdoem se eu não julgar com a severidade que merece. Como diz o próprio Akiva "Para você nada de dor, só prazer".

No final de Feita de Fumaça e Osso, Karou recuperou a sua "memoria" e se lembrou de toda a sua historia com o Akiva dezoito anos antes, em Eretz, quando ela ainda tinha seu corpo quimera e ele ainda não tinha tantas marcas de tinta negra na mão - Falei bonito kkk'. E o Akiva acabou contando pra ela que ele tinha matado o Brimstone, ou pelo menos dado as circunstancias para matarem ele, e que também tinha muito mais marcas agora em seus dedos do que antes. Isso tudo fez Karou querer achar um portal para Ertez, um que não tivesse sido queimado, e ajudar o seu povo contra os Anjos.

Nesse livro ela achou eles e está realizando o trabalho que era de Brimstone com a ajuda do Lobo Branco - sim, bem ele... o mesmo que matou ela. E o Akiva está no meio dos outros anjos tentando ajudar os Quimeras como pode, e está vivendo só pra tentar, nem que seja de um forma bem inferior, realizar o sonho que ele e Karou sonharam a tanto tempo atrás.

Karou não quer nem ver o Akiva na frente dela, e é obvio o porquê, qualquer um no lugar dela sentiria o mesmo, mas ela não vê que tudo o que o Akiva fez foi por causa dela? Ela salvou a vida dele uma vez, em um campo de batalha, e ele se apaixonou por ela, eles viraram amantes, sonharam com um mundo onde anjos e quimeras não se matavam, foram achados, ela foi morta com o Akiva sendo obrigado a ver tudo, ele conseguiu fugir, e virou o Ruina das Feras para se vingar do que fizeram com ela. Mas não, ela não vê isso - claro, porque quem ta dentro não enxerga a situação como quem ta de fora - ela prefere se aliar ao Lobo Branco que matou ela! Ai vocês dizem "mas o Akiva matou a "família" dela" e é verdade, e é justamente isso que dificulta tudo e faz eu dar um pouco de razão para a Karou.

Minhas reações enquanto eu lia esse livro foram desesperadas, teve momentos que eu levantava da cadeira pra dar uma volta no quarto e voltava a ler, em outros eu xingava, e por ai vai... eu não conseguia me controlar, eu estava bem inserida dentro do mundo do livro.

Algo que eu não pude deixar de notar, mesmo estado cega pelo livro, foi que o jeito que a escritora escreveu esse livro ou do jeito que ele foi traduzido pro português, acabou deixando as coisas meio confusas algumas vezes.

O Lobo Branco me deu nojo do inicio até o "fim" - dele - no livro, eu já não ia com a cara dele e ele ainda me dava ânsia com o jeito que ele era falso, era tão obvio para o leitor e até pra própria Karou que eu não sei como ela ainda confiou no que ele dizia. A Karou está mais burra nesse livro, pelo menos no inicio dele, e sem ação, até um ponto, mas depois volta a ser a Karou de antes, em parte. E mesmo estando desse jeito consegue dar uns cortes memoráveis e algumas tiradas que só ela mesmo poderia fazer. O Akiva, como eu já falei, está acabado nesse livro por causa da Karou, mas não deixa transparecer para os outros anjos, só para os irmãos um pouco. Claro, não posso deixar de mencionar que ele continua fofo e lindo e apaixonado por ela.

Nesse livro também deu pra saber mais da Zuzana e do seu namorado, que também são muito fofos, mas teve momentos que eu queria amordaçar a Zuzana para ela parar de falar aquilo ali.

Teve um momento nesse livro que eu me desesperei, eu quis vomitar e eu pensei o tempo todo "não, a Laini não vai deixar... droga, ela vai! Não, não vai, vai?". Eu quis cravar as minhas unhas na cara do Lobo Branco e puxar, arranhar, tirar a pele, estragar todo o rosto dele.

Sobre o final do livro eu só digo que quando você pensa que acabou, e já ta quase chorando -ok, exagerei! - pelo o que a Karou falou, da uma "virada" e ai uma chama se acende no seu coração de novo e você vê que realmente ainda não acabou e você quer o próximo livro.

Sobre a capa, ela é linda, assim como a primeira, mas ainda prefiro a primeira, mas amo essa também.

O próximo livro da serie, como eu já falei, se chama Dreams of Gods e Monsters e será lançado nos EUA em Abril de 2014. E até lá, eu estou pensando seriamente em reler Feita de Fumaça e Osso.

Frase:
"Eu perdi minha alma"

"Ah, cuidado para não tropeçar no corpo ai no chão" 

A frase abaixo contém Spoiler.

"Isso ainda acaba com você, não é? Eu ter escolhido o Akiva em vez de você? Quer saber de uma coisa? Você nunca foi uma opção."

Avaliação:
☺☺☺☺☺ (5/5)

domingo, 22 de setembro de 2013

Resenha: Cidades de Papel - John Green

Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
Eu estou em uma missão de ler todos os livros do John Green, então logo que vi que esse livro seria publicado pela Intrinseca já quis ler ele sem sequer ler a sinopse. O que foi uma escolha sabia, já que após a leitura - na realidade agora para colocar no post - eu li a sinopse e considerei com spoilers.

O livro fala sobre Quentin -Q- Jacobsen e sua paixão "platônica" por Margo Spiegelman, que ao longo do mesmo vai descobrindo que ela não era exatamente como ele imaginava. O modo como isso se dá? Não posso falar são spoilers! - haha. Mas a premissa da historia é que Margo bate na janela de Quentin durante uma noite, e o convida para uma "aventura" que durará - a primeira parte do livro toda - somente até a hora de ir para a escola na manhã seguinte. Q após a aventura - segunda parte do livro - acha que talvez as coisas mudem entre ele e Margo, e elas mudam, mas não é bem do jeito que ele achava não e é ai que ele começa a procurar pistas.

O livro é estruturado em 3 partes, as quais é obvio que eu não posso falar. Ele fala sobre cidades de papel também, que é um jeito que as gráficas achavam de saber se seu mapa estava ou não sendo copiado, colocando uma cidade que não existia nele. Uma vez o autor acabou "achando" uma em um mapa, e como não sabia que era falsa tentou acha-la durante a viagem, quando descobriu que era uma cidade de papel acabou ficando tão sismado que quis escrever um livro sobre.

Nesse livro conseguimos realmente notar que ele foi escrito antes de A Culpa é das Estrelas, porque até o jeito do John Green escrever é meio diferente, algo que eu já tinha notado na leitura de O Teorema de Katherine. Dá pra notar já a essência dele nesse livro, dá pra notar o que ele queria, mostrar como é uma paixão platônica, e conseguiu, só que de um jeito meio superficial.

Quando vou ler um livro de John Green, eu leio ele esperando não uma historia que te faça querer ler e ler para saber o que vai acontecer, mas uma leitura que me faça sentir que me tornou algo melhor, que faça eu sentir que ela não é só mais livro que não vai mudar nada. Eu espero o tipo de livro que te faça refletir, mesmo sem saber que está refletindo.

Ao se ler você não deve esperar um livro do tipo de A Culpa é das Estrelas, porque não é. E uma das minhas coisas favoritas no Green é que ele é versátil, afinal quantas pessoas conseguem escrever um livro igual à Culpa é das Estrelas, e também uma comédia com nerds cheia de matemática e um mistério fofo sobre paixão platônica?

Chega de falar de Green e vamos falar da narração propriamente dita, do que o livro é cheio, mas você não nota, porque a narração de John Green é música para nossos ouvidos cansados. Frases boas que nos fazem querer marcar -meu ebook ficou cheio de marcações -  existem nesse livro. E as frases nos fazem pensar se a nossa volta isso não acontece, e como estamos nós mesmos.

A trama é fofa e os personagens são pessoas com prós e contras, e claro temos os palhaços amigos do mocinho neste livro.

Livro recomendado para quem gostou de O Teorema de Katherine ou procura um livro de misterio que não é policial e nem suspense.

Frase:
"É como se cada um tivesse começado com um navio inteiramente a prova d'agua. Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através da rachadura deles."

"Eu olhava pra baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era um pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. E o pior é que eu também adorava" 

"Coisa mais traiçoeira é acreditar que uma pessoas é mais do que uma pessoa "

Avaliação:
☺☺☺ (3/5)