terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Na Tela: A Menina que Roubava Livros

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo, ela aprende a ler e partilhar livros com seus vizinhos, incluindo um homem judeu que vive na clandestinidade.

  Avaliação: ☻☻☻☺☺(3/5)        IMDB          AdoroCinema
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Droga! Eu comecei esse filme pensando "eu já sei o que vai acontecer, eu não vou mais chorar", não adiantou, chorei! Eu pensei que eu não ia mais me desesperar, me desesperei! Eu pensei que meu coração não ia mais ficar apertado, ficou!

Quando anunciaram o filme eu fiquei imaginando o que eles iriam fazer para ele não ficar chato, porque o livro, se você pensar bem, tem um ritmo chato, mas não, o filme não ficou chato. O filme não é dos mais agitados - na realidade é dos mais parados - mas é um grande filme, e de sua maneira diferente consegue até mesmo ter sempre algo acontecendo, algo importante para o final dele.

A Menina que Roubava Livros fala sobre uma garota chamada Liesel que vai morar com uma "nova família" após sua mãe ser forçada a dá-la a adoção na Alemanha nazista, e ela acaba achando nas palavras um refugio da Guerra que a cerca.

Eu já odiava Adolf Hitler e tudo que ele fez a esse mundo, e no filme nos é mostrado que não foram só os judeus, os negros, os estrangeiros e etc. que sofreram, mas também os próprios alemães, talvez até eles sejam os que mais sofreram com essa guerra - ok, não vamos exagerar - os segundos que mais sofreram com essa guerra - nada se compara aos que os que estavam nos campos de concentração sofreram - eles morreram, sentiram medo, perderam as pessoas que amavam e não podiam nem deixar parecer que eles não estavam felizes com isso... ai de quem não gostasse do que o chefe de estado maluco inventou e fez uma lavagem cerebral em pessoas de mente fraca e idiotas para o seguir em uma ideia não só sem fundamento e desumana, quanto ridícula.

Eu achei que nesse filme faltou um pouco de "exploração" em algumas áreas, como a narração, que no livro é um dos pontos fortes, e o final, as ultimas frases, também poderia ter tido um pouco mais de impacto. E também tem o Max que eles poderiam ter mostrado o que aconteceu com ele. Apesar desses pontos e de ter ficado um tanto superficial, o livro foi bem adaptado para o roteiro, afinal, nem sempre é fácil adaptar um livro e eu tenho certeza que esse era um Morro dos Ventos Uivantes da vida.

A atriz Emily Watson e o ator Geoffrey Rush fizeram um trabalho fantástico nesse filme, quanto ao Hans (George) eu não senti falta de nada, ele foi perfeito e nem dá pra lembrar o se quer pensar nele em outro papel - como o do Barbosa- agora quanto a Rosa apesar de ela ter sido incrível, eu senti um pouco de falta da força dela - eu acho que isso é culpa do roteiro, não da atriz - e mesmo assim, com essa Rosa que ela fez ela foi perfeita. A Sophie Nelisse também foi fantástica, e o que mais me chamou a atenção nela foi que ela conseguiu fazer a personagem mudar conforme ia crescendo - e também eu não sei como eles conseguiram fazer uma atriz fazer uma garota de 10 anos e também uma de 16 - pelo jeito de se portar, falar, tem um grande futuro em Hollywood. E quanto ao Ben Schnetzer - que faz o judeu Max - eu não dava nada pra ele quando foi anunciado, mas agora eu tenho que reconhecer que ele foi um bom judeu e chegou até a me lembrar o James Franco.

Outra coisa que para mim vale a pena ressaltar é a trilha sonora, foi a primeira coisa que eu notei no filme, ela é consideravelmente boa e perfeita e cada momento em que aparece, finalizando a cena com um toque especial. Ela é tudo isso tanto que foi indicada para o Globo de Ouro e BAFTA, e aposto que também vai para o Oscar.

Trailer:


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